A gramática universal é o conjunto das propriedades gramaticais comuns presentes em todas as línguas naturais, essa ideia dispensou a competência linguística dos anos 80 com a evolução da linguística gerativa. Refinada da noção de faculdade da linguagem (dispositivo inato presente em todos os seres humanos), o algoritmo trazido como herança biológica é o sistema gerativo que desenvolve a gramática de uma língua.
Para que essa gramática fosse explicada, Governement and Binding (1991) traz consigo uma teoria chamada princípios e parâmetros. Nela, as duas fases dividas em TRL (teoria da regência e da ligação) na década de 80, e no PM (programa minimalista) na década de 90 aos dias atuais, tinham finalidade na sintaxe, pois nela se encontram as semelhanças entre as línguas e o embasamento da gramática universal.
A gramática modular, por sua vez, possibilitou estudar a sintaxe isolada dos outros componentes gramaticais (léxico, fonológico e semântico), com regras próprias e sem influências. Porém, os pontos de interseções existentes entre os módulos gramaticais criam sintagmas e sentenças a partir do léxico, que por sua vez formam uma função fonológica e semântica (forma lógica).
Já no programa minimalista, princípio são as propriedades gramaticais válidas para todas as línguas naturais (sujeito, verbo e objeto), enquanto parâmetros são as possibilidades de variação entre as línguas (binária). Por exemplo, enquanto no português é admitido sujeito oculto, no francês e inglês o espaço vazio deixado teria de ser preenchido com algum elemento pronominal (por isso é binário e um parâmetro da GU), mas o sujeito existe nos três idiomas (princípio).
Fontes:
https://www.blogs.unicamp.br/linguistica/2020/01/10/noam-chomsky-e-o-funcionamento-da-linguagem-menos-e-mais/
http://sweet.ua.pt/fmart/tese/ch1/tx12.htm#:~:text=Uma%20categoria%20vazia%20n%C3%A3o%20%C3%A9,%2C%20embora%20sem%20matriz%20fonol%C3%B3gica.%22
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