A ideia de que a língua faz uso infinito através de meios finitos e que a gramática descreve os processos responsáveis por isso, vem de Humboldt no século XIX, tendo início ainda na antiguidade com Platão e Sócrates nos Diálogos de Mênon. Nos escritos, Platão questiona se a virtude nasce conosco ou se é ensinada, mostrando que um escravizado, analfabeto e sem conhecimentos matemáticos, é capaz de resolver problemas geométricos.
Chomsky não acredita nas memórias de vidas passadas, mas sim na gramática inconsciente existente na competência linguística dos seres humanos. No entanto, encontrou na obra os questionamentos necessários para nortear as problemáticas da corrente gerativa.
Com a publicação de Aspects of the Theory of Syntax (1965), o princípio da gramática de representação semântica é vista como uma construção com base na estrutura sintática profunda. Puramente formais, transformam por operações as estruturas as quais se aplicam como na supressão do sujeito ou na passivação do verbo.
O modelo de padrão estendido surgiu dois anos depois com as contribuições de Jackendoff, onde levou em consideração a estrutura de superfície na interpretação semântica.
Um novo elemento, ainda nesse molde, trouxe para gramática a possibilidade da interpretação semântica ser feita apenas na estrutura de superfície. Chamou primeiro de Teoria Padrão Ampliada e Revisada, mas depois de EST (Extended Standard Theory), enfatizando as semelhanças e não as diferenças.
A simplificação dos componentes descritivos transformacionais e sua consequente redução ao mínimo absoluto fez com que novamente Chomsky e Lasnik (1977) propusessem uma nova concepção conhecida como Modelo-T.
Enfim, chega-se a Teoria de Princípios e Parâmetros e suas duas fases: TRL (Teoria da regência e da ligação) e PM (Programa minimalista). Concentrando-se na TRL e seus respectivos elementos, o chamado Sistema computacional nomeia a língua (língua-I) como mecanismo que gera infinitas expressões (possuinte do léxico e de um sistema de princípios, regras e operações). Os níveis de operação se dividem em: Estrutura Profunda, Estrutura de Superfície, Forma fonética e Forma Lógica.
Fontes:
https://super.abril.com.br/especiais/quem-foi-alexander-von-humboldt-o-mais-famoso-desconhecido-da-ciencia/
https://sul21.com.br/colunasronald-augusto/2015/06/sobre-o-dialogo-emmenonem/
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2169#preview-link0
https://gramaticagerativa.blogspot.com/2021/11/chomsky-e-linguagem-obras.html
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