GG - O modelo teórico

 


O modelo teórico nasceu da necessidade de descrever o funcionamento da faculdade da linguagem, para isso, os linguistas da corrente fazem uso das formas abstratas formais (com uso de regras) inspirada na matemática. Essa é a primeira tentativa de resposta para as problemáticas postuladas do Programa Minimalista (1993).

Chomsky define o programa no desenvolvimento das questões:

  • Qual é o conteúdo do sistema de conhecimentos do falante de uma determinada língua particular, por exemplo do Português? O que é que existe na mente deste falante que lhe permite falar/compreender expressões do Português e ter intuições de natureza fonológica, sintática e semântica sobre sua língua?
  • Como é que esse sistema de conhecimentos se desenvolve na mente do falante? Que tipo de conhecimentos é necessário pressupor que a criança traz a priori para o processo de aquisição de uma língua particular para explicar o desenvolvimento dessa língua na sua mente?
  • Como é que o sistema de conhecimentos adquiridos é utilizado pelo falante em situações discursivas concretas?
  • Quais são os sistemas físicos no cérebro do falante que servem de base ao sistema de conhecimentos linguísticos?
Também existem simplificações, como descritos no Manual da Linguística, que são:

  • O que há em comum entre todas as línguas humanas e de que maneira elas diferem entre si?
  • Em que consiste o conhecimento que um indivíduo possui quando é capaz de falar e compreender uma língua?
  • Como o indivíduo adquire esse conhecimento?
  • De que maneira esse conhecimento é posto em prática?
  • Quais são as sustentações físicas presentes do cérebro/mente que esse indivíduo recebe?
Ambos possuem respostas (que não as colocarei aqui) e considerações que movem os estudos da corrente gerativista atualmente. Eduardo Raposo em Teoria da Gramática: A faculdade da Linguagem, destaca que o termo "língua" em seu livro e na literatura gerativista, refere-se ao sistema de conhecimentos mental e não ao conjunto de objetos abstratos (frases e expressões) determinada por esse sistema. Por isso, é sinônimo de gramática e de competência.
Acentua na mesma obra o objeto de estudo da gramática gerativa, a língua-I (interiorizada) em contraposição da língua-E (exteriorizada).

A gramática gerativa, dessa maneira, se afasta da da linguística estrutural e da sociolinguística, mas por causa do seu nível de abstração pelas formas, tem afinidade com as ciências cognitivas.

Vale salientar que Chomsky e o gerativismo não são a mesma coisa, pois muitos linguistas divergem do modelo proposto por Noam, criando novas possibilidades de resoluções para as problemáticas anteriormente mostradas.

Fontes:

https://scholar.google.com.br/citations?user=Hh22BlQAAAAJ&hl=pt-BR

https://www.scielo.br/j/delta/a/GRrqvJmwRJ4fdPckvhgGNcH/?lang=pt

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/estruturalismo---bases-teoricas-o-desprezo-pela-analise-historica.htm

https://blog.editoracontexto.com.br/o-que-e-sociolinguistica/

https://hospitalsantamonica.com.br/ciencias-cognitivas-entenda-como-funcionam-e-sua-importancia/

http://www1.pucminas.br/paginas/index_padrao.php?pagina=2519

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